sexta-feira, 2 de outubro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Luz do Chico
Me acordei por volta da 5h para registrar o amanhecer no povoado. Os primeiros ribeirinhos em suas atividades. Mas o pescador se levantou bem antes que eu. Depois de ancorar seu barco e separar os peixes da madrugada sentou, e descansou. Vi os raios de sol iluminando-o, refletidos pelas águas do rio. Fotometrei e fiz a foto.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Encontro Sergipano de Comunicação
Apresentação do ministrante e exibição de portfólio
Breve histórico da fotografia
Fotojornalismo e as primeiras agências
O equipamento fotográfico
Os gêneros fotojornalísticos (Notícias - Features-Esportes – Retrato - Ilustrações fotográficas – Picture histories)
A pauta na prática
Leitura de fotos dos participantes
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Produzindo o sonho
Encontrei essa família em Salgado, cidade sergipana que fica a 53 km de Aracaju. A pauta era entrevista com famílias beneficiadas pelo ‘Programa Vida Nova Casa Nova’. Cheguei à cidade por volta das 15h com os meus colegas Zé Carlos (motorista), e Wellington Amarante (repórter de texto), e ouvimos o relato de Elmo Dantas, pastor evangélico que estava feliz da vida por finalmente ter conseguido sua casa própria.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Da desconfiança ao sorriso
Em 2007 fiz uma matéria para o jornal da universidade sobre os ciganos que vivem em Sergipe. Das oito famílias que entrevistei apenas em duas os adultos deixaram-se fotografar. As crianças foram as mais receptivas, provavelmente por ainda não terem sofrido ou enfrentado os preconceitos seculares que os mais velhos já sentiram na pele.
Só consegui entrevistá-los após mostrar a imagem dos seus filhos no LCD da minha Nikon D100. Com essa matéria ganhei um prêmio, um troféu que enfeita a minha sala e um dinheirinho que deu pra pagar o último semestre da faculdade. Mas o sorriso inocente daquelas crianças foi a minha maior conquista. A parte chata é que perdi minha carteira e ouvi a seguinte frase de um colega: “Não foi nesse dia que você esteve naquele acampamento cigano?”...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Lá no meu Sertão
Tenho uma forte ligação com o Sertão. Talvez seja por gostar mais de sol que de chuva, apesar de que tem dias que parece ter um sol pra cada sertanejo. A primeira vez que estive por lá foi num Passat 79, com o vidro da porta do passageiro emperrado e sem baixar de jeito nenhum. Mas não tive tempo de sentir o calorão da nossa estrela maior. O calor que eu sentia era o humano, emanado pelos vaqueiros, pelas ‘galegas’, e velhinhos sentados à porta com seus chapéus de couro.
De lá pra cá se passaram dez anos, e muitas foram as aventuras. A maioria guiada pelo meu irmão, sargento da PM especializado em caatinga, que se apaixonou por uma galega e fixou residência em Poço Redondo. Com ele já vi pega de boi no mato, corrida de argola, e ouvi o aboio e os pífanos dos Vito, família de artistas populares da Região. Tomei cachaça ao lado de fogueira e espantei os 12 graus de uma noite com muita neblina em Santa Rosa do Ermírio; e ainda conheci Zefa da Guia, uma parteira com mais de 5 mil partos e um sorriso contagiante.
Em dezembro de 2008, após um período de quase um ano sem vê-lo, fui ao seu encontro. Percebi algumas mudanças ‘ interessantes’. As motos popularizaram-se de tal forma que falta lugar até pra por os cavalos na sombra. Até som de carro com uma bateria carregada pela luz solar encontrei (e fiz a foto é claro, mas fica pra um outro post), tecnologia ao serviço dos ‘arrochas’, e de algumas duplas ‘sertanejas’. Uma vez ou outra ainda rola um Cara Véia, em homenagem ao finado. Modismo que encontramos em qualquer outra Região. Mas algumas coisas no Sertão são únicas. O pôr do sol é único, o céu de estrelas é único, e o amanhecer do Sertão é infinitamente único. Sempre que estou por lá (e durmo sóbrio) me acordo às 4h30 e me embrenho na caatinga. O céu parece uma tela com uma constante movimentação de cores. Tiro os gravetos da frente, busco o melhor enquadramento, e sou capturado pelo momento.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Num dia o vice, no outro o governador
Estou desde maio na Secretaria de Comunicação do Estado de Sergipe. Cumpro as pautas da redação, incluindo os grandes eventos que envolvem o Governo. A tarefa de cobrir os “passos” do governador Marcelo Déda (baita responsa) é do meu colega Márcio Dantas. Quando aceitei o convite sabia que uma hora eu teria que acompanhar o excelentíssimo em alguma pauta, e falhar nem pensar.
Um dia antes, a tarefa foi com Belivaldo Chagas, vice-governador, em uma solenidade no 28º Batalhão de Caçadores do Exército (primeira foto). No local há um pátio enorme com pouca iluminação, e ISO 1600 é pouco pro lugar. Fotografei desfile, homenageados, cumprimentos, mas a foto, àquela que te ‘fala’ dever cumprido, não tinha conseguido ainda. Já estava me dirigindo ao carro quando outro batalhão me salvou. Eram os meus colegas da TV ávidos por uma declaração do vice-governador. Meia volta a volver, falei aos meus botões. Então olhei a cena, composição, enquadramento, e cliquei. Ganhei um dever cumprido com um sonoro boa noite.
No outro dia o telefone toca: “põe o terno que você vai acompanhar o governador!” Confesso que os meus dez anos de experiência não foram suficientes para esquentar a barriga. Chequei equipamento, lentes, flash, baterias, chequei de novo, e de novo. Quando cheguei na Câmara de Vereadores de Aracaju, local da pauta, percebi que a D2hs da Nikon granula muito acima do ISO 640. Resolvi usando o 400, 2.8, e baixas velocidades. Aos poucos o friozinho foi sumindo e eu já estava à vontade. Acho que passei no teste. Mas ficou o alerta do meu diretor de imprensa: “Em eventos como esse há duas coisas importantes, uma é o homenageado recebendo o Título, a outra é ele cumprimentando o governador. A entrega do Título você pegou”, disse ele. Aprendi mais uma vez. Não basta conversar, tem que ter aperto de mãos.